Três Dias de Escuridão: Profecias, Crendices e Possibilidades Científicas

 "Três Dias de Escuridão: Profecias, Crendices e Possibilidades Científicas"



Astrônomos oficiais estão discutindo a possibilidade de três dias de escuridão

Tradicionalmente, histórias assustadoras de astronomia e geologia vêm de videntes que alegam ter visto essas coisas em sonhos e visões. Curiosamente, parece que astrônomos renomados também estão falando sobre o assunto. O site spaceweather.com lançou um filme inteiro sobre um cenário hipotético de três dias de escuridão que poderiam se estender por três milhões de anos.

De forma geral, os astrônomos explicam que a Terra e o sistema solar não estão em um meio interestelar puro, mas dentro de uma bolha criada pelo vento solar, chamada heliosfera.

Nossa Galáxia não está vazia, está cheia de objetos como nuvens de gás e poeira interestelar. A chance do Sol encontrar uma dessas nuvens é de aproximadamente 1-2%. Se isso acontecer, a heliosfera encolheria para apenas 0,22 unidades astronômicas (UA), muito menor do que a órbita de Mercúrio.

Com a heliosfera menor, a Terra seria exposta a mais radiação galáctica e também receberia átomos de hidrogênio e poeira da nuvem. Evidências de bombardeios como esses foram encontradas em camadas que contêm restos de australopitecos, levando os astrônomos a considerar isso como uma possível causa para a extinção desses ancestrais humanos e o salto evolutivo subsequente.

A extinção dos australopitecos pode ter sido devido a um aumento dramático na radiação cósmica, ou talvez aos componentes frios da nuvem interestelar que afetaram drasticamente o clima. Mudanças climáticas já causaram a extinção de várias espécies.

O interessante é que os astrônomos não conseguem observar diretamente uma nuvem de poeira cósmica em seu caminho. Ela só se torna visível à distância, como se fosse vista externamente. Além disso, é possível deduzir o momento de um encontro com uma nuvem dessas através das camadas geológicas e, em seguida, rastrear a trajetória do Sol. Através desse método, é evidente que a Terra passou por uma nuvem de gás na constelação de Lince milhões de anos atrás. No entanto, determinar se estamos atualmente em uma nuvem similar não é viável.

O método mais confiável é usar instrumentos dentro da órbita de Mercúrio, onde as condições da heliosfera são mais evidentes. Mesmo se estivermos atualmente dentro de uma nuvem interestelar, avaliar isso além da órbita de Mercúrio é difícil devido ao nosso entendimento limitado do estado normal da heliosfera.

Curiosamente, as missões para estudar o Sol aumentaram em frequência, com várias agências espaciais lançando satélites. Isso pode indicar que a NASA tem conhecimento adicional. Por exemplo, há uma hipótese de que estamos na borda de uma enorme nuvem interestelar na constelação de Leão. Se for o caso, nossa jornada através dela poderia trazer eventos inesperados, como um período de escuridão causado por uma densa camada de poeira cósmica.

Além dos estudos científicos, a ideia de três dias de escuridão também aparece em diversas profecias e crendices populares. Uma das mais conhecidas é a profecia católica dos Três Dias de Trevas, que teria sido divulgada por santos e místicos ao longo dos séculos. Segundo essa profecia, durante esses dias de escuridão total, os fiéis deveriam permanecer em suas casas, rezando e usando velas abençoadas, enquanto forças malignas seriam purificadas da Terra.

Outra crença vem da tradição dos povos indígenas americanos, que falam de uma grande escuridão que cobrirá o mundo como um sinal de renovação e mudança. Similarmente, algumas interpretações do Apocalipse bíblico mencionam períodos de escuridão como um prelúdio para eventos cataclísmicos e a eventual renovação da Terra.

Essas profecias e crendices, embora muitas vezes vistas como superstição, refletem um medo profundo e antigo da humanidade: o medo do desconhecido e da impotência diante das forças cósmicas. Portanto, a ideia de três dias de escuridão, seja por razões científicas ou místicas, continua a capturar a imaginação e a preocupação de muitos.

Comentários