Em várias culturas e
religiões, há registros de pessoas que estiveram à beira da morte (ou
foram até dadas como mortas por alguns minutos) e que, após se recuperarem,
relataram coisas que intrigam e chocam até os mais céticos dos cientistas. São
as chamadas Experiências de quase-morte (EQM), um fenômeno em que, por alguns
momentos, o indivíduo fica entre o mundo material e o espiritual, retornando ao
seu corpo de origem logo depois.
Esse fenômeno
‘extra-corpóreo’ ocorre geralmente em casos de cirurgias muito delicadas em que
o paciente fica vivo “por um fio”, ou é considerado oficialmente morto por
alguns instantes em que o coração para de bater. Ao recobrar a consciência, a
pessoa é capaz de descrever com clareza e precisão tudo o que se passou ao seu
redor enquanto a cirurgia era realizada (uma vez que este estava totalmente
anestesiado e inconsciente), ou pode contar detalhes totalmente impressionantes
de sensações e imagens do mundo “do outro lado”.
Neurocirurgiãolançalivro depois de ter uma experiencia extra-corporea
Com o respaldo científico do
professor de Harvard que é, o neurocirurgião Eben Alexander afirma que o Paraíso
existe. A declaração, estampada na capa da revista Newsweek de 7 de outubro,
uma das principais revistas semanais dos Estados Unidos, ganhou repercussão nos
últimos dias.
Não se trata de uma
descoberta científica, mas de uma experiência pessoal do cientista. Alexander
foi levado ao hospital em uma manhã de 2008 porque tinha acordado com muita dor
de cabeça. Foi diagnosticado com meningite bacteriana. A bactéria estava
instalada no cérebro e sua chance de sobrevida era quase zero. Em coma e desenganado
pelos médicos, ele acordou uma semana depois, totalmente consciente — e
convencido de que esteve no Paraíso.
A descrição até que remete a
uma "viagem" alucinógena, mas vinda de um especialista em cérebro, de
reconhecida carreira acadêmica, ganha contornos alucinantemente intrigantes.
Será mesmo verdade que o Paraíso existe? E seria possível experienciar o
Paraíso?
O médico conta que estava em
cima de nuvens rosadas que contrastavam com um céu azul escuro por onde
cruzavam seres transparentes. Não seriam nem anjos, nem pássaros, mas uma
"forma superior". Ele sentia como se estivesse naquele lugar há muito
tempo e não tinha nenhuma memória de sua vida terrena. Os sentidos se
confundiam, "como uma chuva que você sente mas não te molha",
descreve o cientista. Uma mulher de olhos azuis o acompanhava, calada, em cima
de uma asa de borboleta. Segundo ele, a tal mulher nem precisava falar:
"Se ela te olhasse daquele jeito por cinco segundos, sua vida inteira até
aquele momento já teria valido a pena".
A mulher de olhar
arrebatador, que não era de amizade, nem de sedução, mas algo inédito para
olhos mundanos, disse que ele era muito amado e que iria lhe mostrar muita
coisa por lá, mas eventualmente ele poderia voltar. E ele voltou para contar
tudo em um livro que chega às livrarias norte-americanas em 23 de outubro.
Experiência
ou alucinação?
De acordo com o neurologista
Roberto Rossatto, do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, relatos como o do
professor de Harvard são raros. A sensação de vazio, de ausência de memória de
atividades anteriores, é mais comum entre os pacientes que voltam do coma.
O médico explica que a
meningite bacteriana, causa do coma de Alexander, afeta o córtex cerebral, que
é responsável por funções como pensamento, visão e movimento.
— Uma disfunção ocasionada
pela doença pode fazer com que o cérebro produza alucinações após o tratamento
— esclarece Rossatto.
Do ponto de vista teológico,
o Paraíso é uma dimensão supratemporal e supraespacial, uma vida onde tempo e
espaço não existem mais e não há memória da vida na terra. Assim, seria
impossível ir e voltar, afirma o padre, teólogo e professor de Bioética da
Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), José Roque Junges.
— Há relatos anteriores de
que a pessoa vê uma luz, mas volta. No entanto, ver de longe é totalmente
diferente de experimentar. Não há como ter uma experiência empírica do Paraíso,
por isso sua existência não pode ser comprovada por meio da ciência — comenta
Jungues.
Para o padre, esse tipo de
relato manifesta uma visão positiva da morte — uma luz. Porém, o que há depois
dela, é um mistério também para os que creem no Paraíso.
— Se, por um lado,
acreditamos que há outro tipo de vida após a morte, por outro, não sabemos
exatamente o que ela é — admite.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirGosto muito dos seus vídeos e das suas matérias Serial, especialmente os vídeos sobre anjos. Continue sempre postando.
ResponderExcluirO brigado Marcela pelo seu comentário!
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